TÉCNICA CIRÚRGICA

Preparo do campo operatório Preparo
do animal
Incisão Divulsão e excisão do tumor Sutura
e finalização
 

PREPARO DO CAMPO OPERATÓRIO
(VIDE AULA 1 DO CURSO DA PERNA DE FRANGO)

PREPARO DO ANIMAL
1
Posicionar o camundongo em decúbito ventral, no centro do campo operatório, com a extremidade cefálica posicionada no extremo oposto ao do cirurgião.

LEMBRE-SE: O IDEAL É VOCÊ OPERAR EM PÉ E NÃO SENTADO, PARA TER MAIOR LIBERDADE DE MOVIMENTOS CORPORAIS

2 Realizar tricotomia (raspagem dos pêlos) com um aparelho de barbear em uma área ampla do dorso do animal, de modo que a região do tumor fique completamente livre de pêlos. Não esqueça que essa região já foi previamente determinada no exame clínico.

3 Fazer um campo fenestrado (vide aula 1 do curso da perna de frango) utilizando o campo operatório branco. Posicioná-lo na região do tumor, de modo que esta fique totalmente exposta e as demais regiões, encobertas. 

 

4 Suturar o campo na pele do camundongo, fixando-o com pelo menos 4 pontos. Lembre-se que você deve manipular os tecidos com a pinça e iniciar sua sutura pela parte móvel (no caso o campo) terminando na fixa (no caso a pele do dorso do animal).


INCISÃO

1  Com o polegar e o indicador fixando o tecido tumoral nas sua maior parte, realizar uma incisão linear no centro da massa tumoral, ultrapassando ligeiramente os limites desta no sentido longitudinal. Lembre-se que você deve iniciar sua incisão com o bisturi perpendicular ao ponto de incisão, inclinando-o 45 graus no momento da extensão do corte.


DIVULSÃO E EXCISÃO DO TUMOR

1 Com a tesoura de ponta romba, divulsione o tecido dérmico até que o subcutâneo fique exposto, revelando a massa tumoral. A divulsão deve ser realizada com a abertura e o fechamento da tesoura, de modo que o plano muscular se desprenda do cutâneo. A massa tumoral localiza-se entre esses dois planos (seta).

2 Examine o aspecto da massa tumoral. Esta pode assumir diferentes características dependendo do tempo de inoculação e da resposta imunológica de cada camundongo, dentre outros inúmeros fatores relacionados à oncogênese. Em geral, o tumor apresenta-se circunscrito, de coloração branco-avermelhada, com superfície lisa e formato irregular.

Massa tumoral com aspecto regular e coloração esbranquiçada, fixa ao plano cutâneo. Massa tumoral de tamanho reduzido, praticamente localizada somente no ponto de inoculação das células tumorais.

Massa tumoral de limites mais indefinidos, confinada ao plano muscular, evidenciando pontos esbranquiçados compatíveis com necrose.

3 Uma vez localizada a massa tumoral e estudados os seus limites, inicie a divulsão da mesma utilizando a tesoura de ponta romba. O objetivo dessa divulsão é fazer com que o tumor se desprenda do tecido muscular e subcutâneo sem haver rompimento da massa tumoral como um todo. Esta deve ser retirada inteira, mantendo-se a integridade de seus limites.

LEMBRE-SE: APÓS A EXCISÃO DO TUMOR, ESTE DEVE SER IMEDIATAMENTE  ACONDICIONADO EM FORMOL A 10% E ENCAMINHADO PARA EXAME ANATOMOPATOLÓGICO


SUTURA E FINALIZAÇÃO

1 Como você não rompeu o plano muscular, terá que suturar somente o plano cutâneo. Para isso, inicie a sutura no centro da ferida, dando um ponto. Em seguida, faça um ponto na metade da metade em cada uma das extremidades, procedendo assim até que toda a ferida cirúrgica fique totalmente fechada.

 

2 Retire o campo operatório removendo os pontos.

VEJA AGORA O EXAME ANATOMOPATOLÓGICO