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TUMOR DE EHRLICH |
O
tumor de Ehrlich foi introduzido por Ehrlich em 1986 e descrito em 1906
como um carcinoma mamário de camundongos fêmeas. Inicialmente, o tumor
foi desenvolvido experimentalmente sob a forma sólida, sendo
transplantado em animais da mesma espécie. Somente em 1932, com
Loewenthal & Jahn, é que surgiu a forma ascítica, ou seja, aquela
desenvolvida no peritônio de animais inoculados com células tumorais. A indução experimental dessa neoplasia em camundongos é feita por intermédio do transplante das células tumorais retiradas de um animal já com a neoplasia desenvolvida. Assim, são retirados cerca de 0,3ml (para a indução da forma ascítica) a 0,5ml (para indução da forma sólida) de líquido ascítico de camundongos Swiss e inoculados diretamente no camundongo receptor. Essa inoculação poderá ser feita diretamente no peritônio do receptor — levando ao desenvolvimento da forma ascítica — ou diretamente no subcutâneo ou no coxim plantar — ambas as localizações levando à formação do tumor sólido. Esse procedimento é repetido no receptor a cada 10 dias; já no 7º é possível observar expressivo crescimento da massa tumoral, a qual continua crescendo e invadindo os tecidos adjacentes até o 30º dia. Logo após a inoculação, observa-se a migração das células para os linfonodos regionais. Histologicamente, o tumor de Ehrlich apresenta extensas áreas de necrose. Estas são oriundas da morte das células neoplásicas, a qual é bastante intensa já na primeira semana pós-inoculação. Intensa atipia e células extremamente anaplásicas são comumente vistas por toda a lâmina. O tumor possui poucas células inflamatórias e estroma escasso. Alto índice mitótico e de invasividade caracterizam essa neoplasia, a qual constitui excelente instrumento didático para o entendimento do comportamento dos tumores malignos. Devido a suas características didáticas e de facilidade de manuseio experimental, o tumor de Ehrlich tem sido extensamente aplicado para a chamada Oncologia Experimental, um ramo da Oncologia Comparada dedicado ao desenvolvimento dos chamados tumores transplantáveis ou transmissíveis. A Oncologia Comparada, por sua vez, "procura melhorar o conhecimento das neoplasias do homem, de animais e mesmo de plantas" (Dawe, 1982). Para este curso, foram preparados experimentalmente cerca de 30 animais, os quais exibem a forma sólida presente no subcutâneo do dorso. Essa opção pela forma sólida localizada no dorso deu-se pela facilidade de manipulação dessa região e do tecido tumoral, considerando-se o público de estudantes de graduação. Vale dizer que pelo menos três camundongos contendo o tumor ascítico e o sólido no coxim plantar são utilizados para demonstração de manobras de punção e de diagnóstico clínico. VEJA O QUE ACONTECE NO EXAME CLÍNICO!!! Referências: Todas as
informações aqui contidas sobre o tumor de Ehrlich foram retiradas de: Alguns autores citados nesse
breve comentário foram retirados da referida tese, sendo transcrita aqui
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